Ficha técnica:

artista: Ernesto Bonato

técnica: Xilogravura em duas cores

dimensões: 94 x 94 cm (imagem) / 96 x 96 cm (papel)

suporte: Papel mitsumata

numeração: Variante I

ano: 2017

Observações:

A fotografia aqui apresentada é de referência, assim a tonalidade do papel e da impressão podem variar um pouco em relação ao que se visualiza na tela. Não há uma tiragem numerada da obra Sonar, pois cada impressão é feita a partir de cores preparadas unicamente para aquela impressão, portanto são provas únicas e são designadas pelo termo 'Variante', seguido de um algarismo romano. A gravura é identificada com anotações à lápis na parte inferior da estampa.

A obra é enviada sem moldura, em um tubo de pvc lacrado com certificado de autenticidade assinado pelo artista.

Algumas das obras são impressas sob demanda e outras estão disponíveis para pronta entrega. Entraremos em contato para informar os prazos de entrega. 

Mais informações sobre esta obra:

A série 'Sonar', iniciada em 2017, é composta de 12 xilogravuras impressas em duas cores, de quase um metro quadrado cada.  A série, um desdobramento do Projeto Maré* (2011- 2017), parte do mesmo princípio de imagens modulares que podem existir autonomamente ou justapostas, formando dípticos, trípticos ou colunas de comprimentos variados. Sonar convida para mergulharmos no profundo, nos espaços abissais do ser através da contemplação desses quadrados de água plasmada na madeira e no papel. Sonar nos conecta com a atitude de 'escuta', com um estado de percepção aberto e silencioso, através do qual podemos perceber informações que nos chegam de regiões invisíveis e submersas do nosso ser. A imagem da água é ao mesmo tempo escotilha e espelho. Um mergulho de fato nessa substância que nos envolve e que nos forma ao mesmo tempo. Levando em conta a continua transformação do elemento aquoso, cada impressão da obra Sonar é feita com cores preparadas unicamente para aquela impressão, portanto são provas únicas, apresentando variações mesmo que sutis entre as provas. A série Sonar ou parte dela já foi exposta em lugares como a Galeria Via Thoerey, Vitória, ES, a Galeria Virgílio, São Paulo, O espaço At/Al/609, Campinas; Feira Parte de Arte Contemporânea, São Paulo; SP-Arte, São Paulo; Centre de Diffusion Presse Papier, Trois-Rivières, Canadá; Palacio Neptuno, Madri, Espanha, entre outros.

* Sobre o Projeto Maré

Ernesto Bonato

A instalação maré, cujo centro é uma grande imagem de água gravada em madeira e impressa em papel fino japonês, busca sugerir uma certa narrativa do ser a partir de complementaridades como água e fogo, contemplação e gesto, leveza e peso, luz e sombra, através das relações simbólicas estabelecidas entre as gravuras, vídeos, fotografias e músicas que integram a obra do artista Ernesto Bonato. O projeto, iniciado em 2011, durante residência artística na Universidade Estadual de Campinas, levou seis anos para ser desenvolvido e já foi exposto em algumas cidades do Brasil e no Canadá. As xilogravuras, gravadas a partir de fotografias do artista, ganham uma escala que extravasa a dimensão física do observador, desdobrando-se a partir de módulos e de experiências cromáticas que modificam a imagem a cada impressão. Um outro aspecto que o projeto discute é o da impermanência dos grandes ciclos naturais, buscando despertar os sentidos para uma escuta mais fina dos processos internos da natureza que interferem e sofrem interferência do homem e para o tempo que rege e se manifesta nesses processos. Além do claro viés ambiental e existencial, o projeto busca ampliar a apreciação e reflexão da gravura contemporânea, revelando seu aspecto mutante e impregnante a partir de elementos como escala, difusão, diálogo entre processos tecnológicos modernos e tradicionais, ocupação de espaço, relação da fotografia com a gravura, som, imagem e memória. A criação sonora presente na instalação maré foi concebida especialmente pelo grupo instrumental Âmago Trio e virou cd (disponível também no Spotify:  https://open.spotify.com/album/0IbjhzJYgCjXIEEUBYrB67). Hymnos é o título do vídeo feito pelo artista com a colaboração de Vinícius Cruz e que integra a instalação maré, uma espécie de síntese das questões que vem sendo trabalhadas pelo artista e que não deixa de sugerir também o caráter musical e invocativo geral das imagens oferecidas. O projeto inclui ainda obras da série Deambulatório (2006-2014), composta de xilogravuras também decorrentes de fotografias gravadas a partir de um sistema baseado em micro punções e da série Sonar.

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