Mariposa de Ulysses
Ficha técnica:
técnica: Gravura em metal (água-forte, buril e ponta seca)
dimensões: 7,5 x 10 cm (imagem) / 17 x 17 cm (papel)
suporte: Papel Hahnemüehle 230g/m2 com chiné collé de papel Mitsumata 18g/m2
tiragem: 20
ano: 2014
Observações:
A fotografia aqui apresentada é de referência, assim a tonalidade do papel e da impressão podem variar um pouco em relação ao que se visualiza na tela.
A obra é enviada sem moldura, em um envelope rígido, com certificado de autenticidade assinado pelo artista.
Algumas das obras são impressas sob demanda e outras estão disponíveis para pronta entrega. Entraremos em contato para informar os prazos de entrega.
Mais informações sobre esta obra:
Obra da série Caminho e Tempo, composta de mais de 20 gravuras em metal, impressas na técnica do chiné collé: através de prensagem e colagem simultânea de papel japonês Mitsumata 18g/m2 sobre Hahnemüehle 230g/m2, utilizando cola carboximetilcelulose (cmc). Série de pequeno formato representando objetos trazidos de viagem, em escala próxima ao real, de 1:1. Iniciada em 2013, é uma série aberta, na qual ainda hoje o artista continua a produzir novas obras, a partir de objetos trazidos por pessoas com quem se relaciona. Com obra premiada em Primeiro lugar na Bienal International Contemporary Miniprint of Kazanlak 2015 (Bulgária), série exposta em galerias de Kazanlak, Stara Zagora e Sofia. Menções honrosas na 10th Biennial International Miniature Print Competition and Exhibition (Norwalk, Connecticut, USA em 2015. Algumas obras da série expostas na coletiva Menos, na Casa de Tijolo, em 2014.
Sobre a série Caminho e Tempo
Rafael Kenji
Caminho e Tempo é um registro de pequenos objetos trazidos de viagem e de caminhos percorridos pelo artista e por seus conhecidos. Sementes, insetos, conchas, flores, penas, ossos: qualquer forma que caiba na palma da mão, e que na imagem gravada respeite as dimensões de papel 17 x 17cm. Essas imagens são gravadas no cobre a partir de observação, no estado em que esses corpos se encontram, com todos seus desgastes e manchas, procuram manter o tamanho real e resguardar a geometria e fragilidade de seus corpos, frente a inevitável mensagem de memento mori: a brevidade da vida. São vestígios de um tempo duplo. Primeiro, o ciclo natural das coisas: a semente da reprodução, o casulo testemunha da metamorfose, o crânio de rato. E segundo, o momento específico daquela pessoa, ao percorrer com disponibilidade o espaço a pé e encontrar ao acaso o objeto. Nesse contexto, esses corpos trazem de certa maneira o lembrete do presente, uma reflexão da delicadeza da vida dentro dos diversos ciclos de transformações que vivemos. As únicas exceções ao tamanho do objeto real são “Titicaca”, “Guinha” e “Mel”, bichos de estimação retratados ao vivo, mas que faleceram posteriormente. É uma série em aberto, que se inicia em 2013 e se estende aos dias de hoje, na qual continuam surgindo novas imagens a partir de novos objetos que as pessoas trazem, e de novos relacionamentos de troca. O recorte no tempo acompanha também as mudanças de desenho do artista e as técnicas aprendidas e desenvolvidas na sua pesquisa, como buril, pont seca, água-forte, água-tinta.